O vento soprava, forte, batendo-lhe na cara em rajadas violentas e desalinhando-lhe o cabelo. Continuou a andar, o casaco fechado até ao pescoço e os braços cruzados numa determinação contra a ventania, o frio e a fome que começava a sentir.
Na rua não se via ninguém, para além do ocasional automóvel que passava, no seu regresso a casa. Dum lado e de outro havia uma fila contínua de carros estacionados, muitos em cima do passeio, que a obrigavam a desviar-se e a contorná-los pela estrada.